terça-feira, 17 de abril de 2012

Realidade de concreto

as vezes eu tenho vontade de gritar
pra desabafar tudo o que o mundo me condenaria por dizer
as vezes eu tenho vontade de ser
mas de ser a dois
de deixar o resto da vida pra depois
e parar no tempo pra ver o tempo passar
as vezes eu queria pisar na areia de praia
e esquecer do concreto que é de pedra e de realidade
pra então viver na fantasia
pra deixar de vez essa agonia
de quem vive preso dentro de si
eu queria olhar pela janela e ver a lua
cheia de brilho e de luz
deixar pra trás o fardo da cruz
que insisto em carregar
olhar pela janela e ver você
de braços abertos, com um sorriso no rosto
queria sentir teu gosto, teu cheiro, teu olhar
aprender a viver sem sentido
sem bússola, sem mapa, sem data nem hora
viver a vida como quem ama, quem ri e quem chora
vontade de deixar de ser sozinho
de ter ao menos um carinho
um boa noite acompanhado de um beijinho.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

...

Tenho falhado na missão de entender o mundo
Me sinto um vagabundo, sem chão, sem teto, sem valor
Um ator interpretando a própria vida
Tenho sentido falta do que nunca foi
Tenho lembrado momentos que um dia imaginei
Tive vontade de ser rei, mas fui sapo sem beijo
Vi no céu uma estrela cadente, me senti carente
Sem sorte e sem carinho
Tive vontade de estar sozinho, quando estava acompanhado
Tive vontade de ficar calado, tive vontade de cantar
Essa agonia de ser tão indeciso, me tirou o riso
Me tirou a cor
Eu tive sede e bebi suas lágrimas
Eu tive sono e dormi seu colo
Eu tive sorte porque tive você
O porquê, nunca pude entender

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Otrora y ahora

Estoy viviendo de quererte
Queriendo tanto me desespero
No hay nada o que hacer
No hay nadie que me console
Por la ciudad miro tus ojos
En cada rayo de la luna
Sus manos en mi cuerpo
Eterno y dulce recuerdo
No hay nada que me despierte
No hay nadie que me quieras
Todavia te quiero para siempre
Otrora yo era su amor
Hoy a ti no soy nada
Ahora muero sin ti y la dolor
Es todo lo que siento