segunda-feira, 20 de junho de 2011

Desilusão


Desilusão é coisa da vida
Que a alma ferida se recusa a entender
É como a morte, da qual se tem certeza
É como lei da natureza, que nunca deixa de ser

Desilusão é dia que se inicia em noite
Fere o ego feito açoite
Faz o coração sofrer
E não há santo, não há reza ou encanto
Que faça cessar o pranto
Que extingua o sofrer

Mas não se iluda, iludir-se faz parte
É transformar dor em arte
É reinventar o seu querer
É ver o mundo pelas lentes da verdade
É acordar para a realidade
Desiludir-se é crescer



É melhor ter a certeza de uma verdade indesejada do que viver na sombra de uma expectativa ilusória. 

Isadora Soares Miranda